O co-piloto de Ole Christian Veiby (WRC 2) também foi suspenso, mas por três meses.
Ole Christian Veiby, piloto norueguês que representa a equipa da Hyundai na categoria WRC 2, foi punido este domingo com seis meses de suspensão de qualquer evento do WRC, pelo colégio de comissários do Rali de Portugal. E o seu co-piloto, Jonas Andersson, foi punido com três meses de suspensão. Em causa está a violação das regras definidas ao abrigo do protocolo da Covid-19.
Segundo divulgou o colégio de comissários do rali, o piloto escandinavo não declarou ao delegado Covid-19 para o Rali de Portugal, André Conchinha, que tinha tido um contacto próximo com uma pessoa infetada com o coronavírus na semana anterior ao evento. Veiby testou positivo e saiu de carro de Portugal rumo a Espanha, o que constitui "uma quebra das regras impostas pelas autoridades locais".
O comunicado relata que Veiby testou positivo num antigénio realizado na última quinta-feira, foi novamente testado duas vezes (um teste PCR, inclusive) e em ambas as ocasiões o resultado foi de novo positivo. Foi, de imediato, feito o rasto de contactos e o navegador Jonas Andersson foi colocado em quarentena no seu quarto de hotel por 14 dias, mesmo depois de ter testado negativo, enquanto fora "ordenado" a Veiby que ficasse em isolamento.
Sucede que ambos partiram de carro rumo a Espanha. O relato dos factos indica que o Veiby "não teve nem sequer pediu permissão para sair do país", quando deveria cumprir o isolamento de 10 dias, ao passo que Andersson até solicitou que lhe fosse concedida autorização para sair mas já estaria em Espanha quando o fez.
A Hyundai acabou por levar uma repreensão do colégio de comissários "por não ter questionado a sua tripulação sobre possíveis contactos com casos positivos de Covid-19 antes do início do Rali de Portugal".
Algumas decisões podem ser passíveis de recurso, mas a equipa de Andrea Adamo já admite ter de procurar um novo piloto para o WRC 2.
"Agi de acordo com a informação dada e de boa fé"
Entretanto, Ole Christian Veiby utilizou a rede social Twitter para emitir uma reação a este castigo. "Foi um grande choque receber a decisão dos comissários acerca do meu teste positivo à Covid-19 em Portugal. Compreendo que esta é uma questão séria, mas eu agi de acordo com a informação dada e de boa fé", começou por referir o norueguês.
"Testei negativo por três vezes no período de cinco dias antes do teste positivo. Eu nunca omiti o facto de ter estado com uma pessoa durante o Targa Florio Rally antes de surgir esse resultado positivo. Quando recebi esse resultado positivo, fiquei imediatamente em isolamento no hotel. Já lá no hotel, recebemos uma chamada de um representante da equipa Covid-19 da organização, explicando que podíamos acabar o isolamento em casa se viajássemos de carro. E foi por isso que saí para a nossa casa de família em Espanha, sozinho de carro, para evitar contactos com outras pessoas", indicou Veiby.
"Apenas posso pedir desculpa pela situação e lamento muito pela equipa. Espero sinceramente não ter colocado ninguém em risco com o vírus", concluiu Ole Christian Veiby.
Volodymyr Korsia também suspenso por seis meses
Volodymyr Korsia, co-piloto ucraniano que faz dupla com o piloto estónio Georg Linnamäe, testou positivo à Covid-19 no passado domingo (dia 16) e toda a equipa foi colocada em quarentena, como demos conta em devido tempo. Korsia foi hoje suspenso por seis meses pelo colégio de comissários do Rali de Portugal.
Isto porque, segundo o comunicado, no dia seguinte Korsia fez por iniciativa própria dois testes antigénio e um PCR e todos deram negativo. O ucraniano apresentou apenas esses resultados negativos junto ao centro de acreditações, para poder ter acesso à zona de alta densidade da Exponor e Parque de Assistências, não tendo dado conta do positivo anterior.
0 comentários:
Postar um comentário