Outros

WRC | CRISE AFETA FUTURO DO CAMPEONATO

Já diz o velho ditado que "mais vale tarde que nunca", e para o bem do Mundial de Ralis (WRC), vários intervenientes têm se manifestado em relação a atual situação da competição, que está a cair numa crise profunda, perdendo dessa forma popularidade.

Em Portugal, houve uma reunião da FIA com o Promotor do WRC e as equipas, reunião essa que de diferente das anteriores teve somente o ónus da maior urgência pois se até aqui só se ouvia aqui e ali falar-se do futuro do WRC, agora não se fala doutra coisa.

Cyril Abiteboul, novo responsável da equipa Hyundai MotorSport, defende que "a melhor tecnologia é a que serve os interesses do desporto. Temos de baixar os custos, é tudo uma questão de retorno do investimento que será comparado com as diferentes opções desportivas que os fabricantes de automóveis têm".

Existia a ideia de tornar os novos Rally1 mais baratos que os últimos WRC. Não aconteceu.

Por isso na FIA já se dá como exemplo o sucesso dos Rally2, pois com os regulamentos que limitaram o preço dos carros estes têm sido um enorme sucesso. Basta ver o número de Rally2 que correm em todos os campeonatos e isto já começou a crescer há 10 anos. Portanto, este é um caminho, tornar o desporto, começando pelos carros, mais barato.

Richard Millener, chefe de equipa da M-Sport, tem uma opinião muito clara a dizer disso "o principal objetivo deve ser ‘comercializar’ melhor o desporto. Custou milhões à Liberty Media fazer o que estão a fazer, mas vejam o retorno que estão a ter agora com a F1".

Depois de várias vozes se levantarem ainda em Portugal, na Sardenha, foi a vez de Sébastien Ogier dizer o que pensa do atual estado do WRC, e também ele está desiludido com o atual estado das coisas "todo o WRC precisa de ser profundamente repensado porque tudo está a ir por água abaixo. Precisamos de fazer algo para melhorar, mas o potencial está lá. Há muitos adeptos que adoram o desporto, mas há muitos aspetos que desiludem as pessoas".

Jari-Matti Latvala não deixou nada por dizer e meteu o dedo bem fundo na ferida “estão a tentar economizar pelos meios errados. Se querem economizar a sério, é no custo dos carros que têm de cortar. O efeito que tem a restrição dos testes no orçamento global da sua equipa é insignificante e isso não é diferente nas outras equipas, para além de que estas já estão a usar meios ainda mais caros para ultrapassar a questão: participam em ralis nacionais com traçados semelhantes aos das provas do Mundial. E isso não falta em lado nenhum".

Há muito que se tem tocado cada vez mais na mesma tecla: há que baixar os custos para os adequar ao retorno, porque ir pelo caminho do retorno é algo que leva tempo e não há forma do fazer da noite para o dia. Tendo em conta que esta era de Rally1 está prevista a três anos, antes que se faça algo um pouco diferente, é agora que tem de se pensar no que se vai fazer, porque o problema continua o mesmo: o risco de perder equipas é muito maior do que a possibilidade de chegarem novas.
Partilhar no Google Plus

MaisRalis

Envie suas noticias para maisralis.madeira@gmail.com

0 comments:

Postar um comentário