Tri-campeão nacional de ralis e pluricampeão regional dos Açores, Ricardo Moura tem vindo, nas últimas épocas, a reduzir a sua atividade desportiva e se em 2021 apenas competiu em duas provas locais e ainda no Azores Rally, do Europeu, no ano seguinte repetiu apenas aquele último. Esta temporada, e até agora, fez o mesmo, continuando sem planos para correr mais.
- O que é feito do Ricardo Moura?
“O Ricardo Moura está na sua vida profissional, nos Açores, focado nas suas empresas e com muito menos disponibilidade para fazer ralis”.
- Já competiu este ano no Azores Rally. Tem previsto fazer mais algum? Não sente saudades?
“Claro que sinto saudades da fase em que competia com regularidade, mas a vida de uma pessoa passa por várias fases. Tive uma em que a carreira desportiva estava à frente, em detrimento da profissional, mas depois tive que inverter as coisas. Este ano, para já, não tenho mais nada previsto em termos de participações, mas também confesso que não volto a repetir o que fiz: estar um ano sem correr e sentar-me no carro apenas uma semana antes do Azores Rally. É que fiquei com a sensação de que poderia ter desfrutado mais e apreciado melhor todas as sessões que os ralis nos proporcionam se tivesse feito tudo de modo diferente”.
- Quais são, então, os planos a curto ou médio prazo?
“O objetivo será fazer mais qualquer coisa, três ou quatro ralis por ano, mas não necessariamente apenas nos Açores”.
“PARA MIM É SEMPRE MAIS FÁCIL PARTICIPAR NUM RALI DE TERRA”
- Durante vários anos, o Rali de Fafe, na abertura do Campeonato, contou sempre com o Ricardo Moura?
“É verdade, foi assim desde 2016 e até 2020, mas neste último a minha filhe teve um acidente antes do rali e eu já nem alinhei por causa disso, para voltar de imediato aos Açores. A partir daí nunca mais regressei ao Rali de Fafe. Este ano, como disse, não tenho previsto mais nada, mas se surgir algo será mais lá para o final do ano”.
- Em terra ou em asfalto?
“Para mim é sempre mais fácil participar num rali de terra, porque desde 2017 que não disputo um de asfalto e esse tipo de piso envolve uma preparação mais detalhada. Quando fizer, no futuro, os três ou quatro ralis, terá que ser em piso de terra e a maioria deles aqui nos Açores”.
“HÁ MAIS CANDIDATOS AO TÍTULO NO CPR DO QUE POSSA PARECER…”
- Tem prestado atenção ao Campeonato de Portugal de Ralis? O que lhe parece?
“Há dois factos marcantes que afetaram a primeira parte do Campeonato, como o acidente trágico, na Croácia, que vitimou o Craig Breen e ainda o aparatoso despiste do Armindo Araújo no Rali Serras de Fafe, motivando a sua ausência na prova seguinte. Felizmente ele regressou muito forte e agora a época vai entrar na fase de asfalto, sendo de prever um elevado nível de competitividade”.
- Na ótica do Ricardo Moura, quem é o favorito para se sagrar campeão?
“É difícil de antever, até porque nos ralis as surpresas podem surgir quando menos se espera e às vezes basta um furo no momento errado para mudar tudo. De qualquer modo, creio que há mais candidatos ao título do que possa parecer…”
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